sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Em resposta à participante anônima..."Existe destino?"

Comumente, entendemos destino como sendo a sucessão de acontecimentos inevitáveis, como um fatalismo, ou seja, como algum acontecimento que não pode ser entendido, nem evitado.
Se não levarmos em consideração que existe um ordenamento no universo (leis ordenadoras), esta acepção da palavra “destino” seria a realidade, mas, os fatos demonstram que o universo possui um ordenamento e é regido por leis que ainda estamos por entender...leis físicas e morais.
Uma destas leis é a de “Causa e Efeito”, que muitas vezes é entendida como Lei de Ação e Reação, que gera conseqüências rígidas e imutáveis....que, no oriente é chamado de “Karma”.
A realidade da Lei de Causa e Efeito é mui diferente....ela reajusta, educa e provoca o realinhamento do “Ser” com o Universo, que é harmonioso.
Nossa atitudes geram conseqüências no meio, nos vinculando às pessoas, as quais foram objetos destas atitudes. Quando nossa consciência (única representante de Deus) se faz ouvir e começamos a entender e reconhecer que tal atitude foi, digamos...., desajustada e provocou conflitos, vem, se a ouvimos, o arrependimento e o remorso, que nos atordoa e nos impele à harmonia interior.
Como não podemos voltar ao passado e desfazer a causa, pois não temos a tal máquina do tempo, nos esforçamos para reparar o que foi feito de forma inadequada, através de um.....”Começar tudo outra vez”.
Já pensou, gente? Viver um remorso eterno, sem ter oportunidade de reparar o que fizemos de forma inadequada? Seria uma tortura eterna...um verdadeiro “inferno”.
Mas, Deus, que ainda não compreendemos, em sua misericórdia, se assim podemos nos expressar, “disponibiliza” uma outra lei para operacionalizar a Lei de Causa e Efeito.
Esta Lei, não menos importante que a de “Causa e Efeito” é a Reencarnação, que nos oferece a oportunidade de um recomeço.
Assim, os “Seres” mais evoluídos planejam (antes de reencarnar) reencontros, situações para, vivenciando outra vez, ter a oportunidade de.....”resgatar” (não gosto muito deste termo, pois, parece até resgate de promissória, pagamento, dívida, o que parece até um “débito”), mas, vamos colocar.....”nos restabelecermos perante nossa consciência”, nos educarmos perante a vida; e para os menos evoluídos, a vinculação psíquica, nos atrelando às pessoas e às situações, reencarnam vinculados a estas pessoas e vivenciam situações semelhantes.
De qualquer forma, estas situações que passamos são frutos de nossas atitudes, que, se infelizes, são frutos de atitudes impensadas, precipitadas e movidas, muitas vezes pelo egoísmo e a vaidade exacerbados, que, provocando vinculações, nos faz reviver situações e reencontrar pessoas para que, através de uma nova vivência, possamos aprender e, assim, nos alinharmos a Deus.
Importante ressaltar que não é necessário morrer para nos reconciliarmos perante nossa consciência, nesta mesma reencarnação podemos executar este trabalho de reeducação e realinhamento junto às pessoas com as quais nos envolvemos....
O verbo “perdoar” é importante neste trabalho, mais importante, ainda, é “pedir perdão”, com sinceridade e com atitudes.
De tudo......
...o nosso destino é construído todos os dias com nossas atitudes, portanto....
Perguntas? Acréscimos? Mandem...

10 comentários:

  1. Newton,
    Qualquer prejuízo que causamos a nós mesmos ou a terceiros, ocasionarão consequencias inevitáveis em nossa própria vida."A cada um segundo suas próprias obras".Há que se pensar no que estamos fazendo.
    Sábia explicação apresentada por você sobre destino.

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  2. Há que se pensar, também, no que já fizemos, para compreender o que estamos passando e, assim, corrigir o rumo de nossas vidas.
    Não são consequências vindas de "fora para dentro", mas, principalmente, de nós mesmos, quando ouvimos nossa consciência.
    Mas, não vamos pensa só nas coisas que trazem prejuízos...vamos pensar nas coisas que nos trazem vedadeiras alegrias, em atitudes dignas, sem esperar, evidentemente, retribuições exteriores (reconhecimento de terceiros), mas, o bem estar íntimo.

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  3. Eu também acredito que a Lei de Deus (Causa e Efeito) não é um "toma lá dá cá". Ela atua em nossas consciências, nos educando para uma vida melhor e feliz; e Deus não promove justiça castigando alguem pelo que fez de danoso a outra pessoa, pois muitas vezes as pessoas sentem-se ofendidas e agredidas, mas não conseguem enxergar, devido à ador e à vaidade/orgulho, que consentiu no conflito, muito embora tenha sido a parte mais fraca na contenda; aí, então clama pela a justiça de Deus como forma de vingança, querendo, de toda maneira, que a pessoa que a ofendeu seja castigada, não enxergando que sua participação foi grande na iniciação do tal conflito.
    E quando nós fazemos algo danoso a alguem? Queremos "esta" mesma justiça?
    Mas o que quero dizer é que concordo com a visualização da Lei Causa e Efeito dentro de nó mesmos, ficando os acontecimentos externos por conta das pessoas que foram atingidas por nossas atitudes (a vingança); e o importante é consultar a consciência antes de agir para que não nos arrependamos tanto de nossas atitudes e não fiquemos com aquela síndrome de vítimas eternas do mundo e das pessoas.
    Obrigada mais uma vez pela partiipação.
    Fernanda.

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  4. O importante é que, se erramos, tenhamos coragem e ânimo de reparar o que fizemos de forma equivocada.
    E, assim, estas ditas "consequências inevitáveis" sejam minimizadas, atenuadas e, até mesmo, a depender da intensidade e eficiência da reparação, anuladas, pela perda de "sintonia" provocada pela mudança real no comportamento íntimo.
    Comportamento íntimo = comportamento mental, ou, também, nossas atitudes quando não estamos sendo observados.

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  5. Arrependimento e reparação constituem condições necessárias para "apagar" os traços de uma falta e suas consequências.Quando assumimos nossas responsabilidades, já estamos avançando em direção da reparação.A consciência moral adverte-nos quanto a qualidade ou valor das nossas ações.

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  6. Caro Newton,
    Mudando um pouco o foco do assunto abordado anteriormente, você acredita que duas pessoas podem estar predistinadas a viverem juntas sendo tão diferentes e tão parecidas ao mesmo tempo?Alguma lição carecem aprender juntas?
    Júlia

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  7. Júlia.
    Olha.....não sou consultor não, viu, não me comprometa não! rsrsrs
    Mas, tenho a dizer que todo encontro ou reencontro, propicia aprendizado recíproco, pois, sendo todos diferentes, sempre temos muito a aprender uns com os outros.
    Quanto a ser possível duas pessoas serem predestinadas a se encontrarem... tudo é possível, mas, é muito difícil certificar-se disto.
    Podemos encontrar pessoas hoje, sem necessariamente termos envolvimento em reencarnações anteriores.
    Não é porque somos espíritas que devemos, sempre, atribuir tudo a reencarnações anteriores.
    Temos o hoje, o agora e, constantemente estamos a conhecer novas pessoas, com as quais nos envolvemos, criamos simpatias, nos apaixonamos, amamos, etc...
    É melhor não sabermos, como na maioria das vezes não sabemos, de nossa reencarnação anterior. Vamos deixar o que está “encoberto” onde se encontra, pois, não nos acrescenta em nada saber a respeito disto.
    Agora...minha opinião:
    Vamos viver nossos relacionamentos sem a idéia de que nascemos predestinados a isto, mas, vivê-los com responsabilidade, sinceridade, honestidade, dedicação e muito amor no coração.
    Só somos predestinados à Felicidade.
    Não vamos buscar explicações especulativas para nossos relacionamentos em reencarnações passadas.
    Se temos um relacionamento que é intenso, não procuremos explicações que não podem ser dadas, apenas, vamos aproveitar e viver intensamente este sentimento.
    Abração.
    Newton

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  8. Newton,
    Deixo essa pergunta a todos para reflexão:
    O que é mais difícil, pedir perdão ou perdoar? Acredito que primeiramente devemos nos perdoar.
    Júlia

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  9. Eu também acho isto, Júlia, mas, acho que devemos entender os fatos que ocasionaram a situação. Às vezes, nossos ouvidos necessitam ouvir um pedido sincero de perdão; isto ameniza as mágoas e pode até reaproximar as pessoas, reconstruindo vínculos, mas, nada adianta a boca falar se o coração não compartilhar com atitudes sinceras e renovadas, de forma a não mais promover conflitos.
    Um pedido sincero de perdão, acompanhado de atitudes sinceras desarma ou, pelo menos, amolece o coração; é como se tivéssemos de reparar o que fizemos. Só assim poderemos nos perdoar, compreendendo e esmaecendo a nossa culpa.
    Um beijo para todos vocês.
    Fernanda.

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  10. Fernanda,
    Concordo também com você. Desejamos sim ouvir um perdão sincero, mas às vezes as palavras não se coadunam com as nossas atitudes.
    Em muitos conflitos não assumimos as nossas responsabilidades, sempre o outro foi o culpado, mas esquecemos de que "toda ação gera uma reação". Nesse momento devemos entender os fatos que ocasionaram a situação. Lutamos para vencer nossos instintos, as más inclinações e assim promover a nossa reforma íntima.
    O perdão é muito subjetivo, cada um segundo sua consciência e entendimento.
    Conforme disse o saudoso Raul Seixas: "para todo pecado sempre existe o perdão".
    Conceição.

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