sexta-feira, 3 de julho de 2009

Genes!

Antes de “Perispírito”.....

...tenho que expressar uma....digamos....crítica ao que ouvi no meio espírita, a respeito de genética e moralidade, pois, “devemos”, ao menos, colocar algumas interrogações.

Vamos lá!
Com as novas descobertas, no estudo da genética, está havendo uma verdadeira revolução no “conhecimento”; temos transferências de genes em vegetais e animais, para que estes possuam características economicamente desejáveis (como a soja transgênica, na qual foi “inserido” um gene responsável por sua resistência a um determinado agrotóxico) e até a grande revolução no tratamento de nossas enfermidades, com a pesquisa de células troncos.....uma verdadeira revolução em nossa história científica, mas...
...devemos refletir sobre o assunto e, principalmente, sobre as informações que são colocadas pela mídia, pois, contamina os menos avisados em relação ao verdadeiro alcance destas pesquisas. “Estão” colocando responsabilidades morais sobre os genes...pois é...foi isto que ouvi.....”que alguns genes são responsáveis pelas viciações e determinados caracteres desejáveis e indesejáveis em nossa personalidade”, ou seja: “os genes ditam o nosso comportamento e determinam os traços de nossa personalidade”.

A genética, neste terreno, ainda está começando...iniciando uma jornada muito brilhante no “conhecimento”, portanto, o cuidado com as declarações deve ser grande, pois, é necessário a experimentação para a comprovação das descobertas, ou pelo menos das observações, para que “não se tome a nuvem por juno”, como dizia José Herculano Pires.

Não podemos, de forma tão simplória, dizer que os genes são responsáveis por características morais, tais como as viciações e toda gama de características da personalidade do indivíduo, tentando, de certa maneira, colocar um "problema moral" sobre a responsabilidade da matéria.

Ora, estando já passados da “Teoria do Criminoso Nato” e das “conclusões” da “Frenologia”, pergunto:

Onde a responsabilidade do indivíduo perante suas atitudes, se “geneticamente” ele “foi projetado” para ser vicioso?

Como culpar o indivíduo de uma viciação se “geneticamente” ele está destinado pelos seus genes (desculpem a redundância, mas, é preciso) a ser de tal maneira?

O indivíduo lutando contra sua destinação genética, pois, lhe é imposto um modelo de comportamento social, quem vencerá? E se perder....será culpado?


Estamos sob a égide de uma ditadura científica/genética (comandadas por investigadores de ideologia eminentemente materialista), que, ainda incipiente, faz com que algumas descobertas sejam colocadas, principalmente pela mídia insipiente, porém, eficiente nos seus propósitos, como verdades absolutas.

O "pesquisador", tentando explicar nossas anomalias comportamentais, apela para um mecanicismo ultrapassado e arcaico, declarando que tudo gira em órbita da genética, apequenando, amesquinhando e reduzindo o "ser" a uma “cadeia genética”.

Tenhamos paciência, pois, é necessário tempo, uma vez que a filosofia, auxiliar e propulsora da ciência, constantemente promove um realinhamento das “verdades científicas”; além do mais, as observações e conclusões de uma pessoa podem ser diferentes das de outra pessoa, podendo reformular, acrescentar ou contrariar.

Vejamos:
Freud, Adler e Yung.....estudando o mesmo objeto.....quanta diferença em suas conclusões, mas, isto não quer dizer que estavam errados, cada um enxergou um lado, uma faceta, chegando a conclusões diversas, porém, fragmentadas em relação à construção de nossa personalidade.
O próprio Cesar Lombroso, filósofo e pesquisador, influenciado pela frenologia cria a Teoria do Criminoso Nato, porém, rendendo-se aos fatos experimentados por ele e, como que contradizendo sua teoria, lança o livro "Hipnotismo e Mediunidade".

Quando estes postulados forem realmente provados, poderemos incorporar à Doutrina Espírita, e, assim, se verdade for, "SEUS PROBLEMAS ACABARAM”, pois, os distúrbios e "defeitos" comportamentais poderão ser solucionados com um simples tratamento genético quando da fecundação, substituindo os genes causadores dos “defeitos morais”, por genes moralizadores e/ou moralizados (sei lá!), surgindo, desta maneira o “Super Homem” ou o "Homem Transgênico”, totalmente “construído” com “genes incorruptíveis”.....O problema vai ser com os naturalistas e consumidores de “produtos orgânicos”................Todo indivíduo transgênico deverá ter, em sua identidade ou tatuado em seu corpo, a seguinte informação:
"PRODUTO TRANSGÊNICO"!

Em breve, pediremos auxilio ao filósofo ignorante para colocar alguns questionamentos a respeito deste assunto, tão polêmico e tão pouco estudado.

10 comentários:

  1. Querido amigo. Há longos dias estou ausente dos trabalhos do Boa Nova, mas sempre com o pensamento nas frutíferas doutrinárias por você comandadas. Concordo plenamente com você sobre esta questão. O afã de ter reconhecida a "paternidade" das pesquisas tem feito com que os cientistas caiam nas armadilhas do imediatismo da mídia. Isso é perigoso. Quanto aos genes, entendo que eles não são determinantes dos vícios. Mas, poderiam os genes também carregarem as mesmas marcas do perispírito, induzindo a "deficiências" em futuras encarnações? Um abraço.

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  2. Olá, Vanda.
    Em verdade o Perispíritõ, por sí só, não apresenta marcas, ele reflete a nossa imagem psiquica. Quanto aos genes, eles "apenas" são transmissores da vontade inconsciente do espírito; são materializadores da vontade do ser. Eles não são causa, são, sim, intermediários do espírito, para, no processo de formação do corpo físico, "decodificar" a vontade do "arquiteto" - no caso, nós mesmos - no processo de organização das células formadoras da nossa estrutura física. Evidentemente que durantre este processo alguns obstáculos psíquicos impedem a perfeita organização das células, como por exemplo: nossas culpas...
    Sábado estaremos falando mais detalhadamente deste processo.
    Abração
    Newton Simões

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  3. Como posso saber sobre acompanhamento de desencarnado?
    Tive um amigo que faleceu e fui ao enterro, quando cheguei ao centro esse espirito estava comigo na outra vez tambem e disse que sentia frio e saudade da mae.
    Será que não vou poder mais ir a cemitério? fiquei preocupada.

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  4. Resposta ao Comentário anterior:
    Em primeiro lugar è preciso saber se o espírito que lhe acompanhou é o seu amigo. Em segundo não é o fato de você ir ao cemitério que vai atrair este seu amigo desencarnado, pois o que atrai os espíritos são nossas afinidades e simpatias.
    Se o espírito for este seu amigo, a única coisa que você pode fazer é conversar com ele, assistir palestras doutrinárias para que ele possa compreender sua nova condição (a de desencarnado). Em verdade, nos trabalhos das casas espíritas, os "verdadeiros" trabalhadores são os espíritos que, possuindo uma melhor visão da realidade, podem fazer o acompanhamento dos desencarnados, cabendo a nós, encarnados, orar e cultivar pensamentos com boas lembranças dos nossos amigos que já partiram.
    Newton Simões

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  5. Valeu. Newton, isso eu ja estou fazendo assistindo as doutrinarias e tentando me melhorar nas atitudes e ações.

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  6. Newton, a respeito dos genes, gostaria de ilustrar o texto com uma observação bem próxima de qualquer um que leia-o:
    Sabemos que irmãos gêmeos univitelinos (idênticos) possuem cargas genéticas iguais. Sendo assim, se considerarmos verdade que o genes determinam a moral das pessoas estaríamos, obrigatoriamente, afirmando que tais pessoas são também iguais moralmnte. O QUE É ABSOLUTAMETE MENTIRA!!!!
    Quantas e quantas vezes podemos observar em irmãos univitelinos diferenças de temperamentos e índoles desde a mais tenra idade (onde o meio em que vivem é basicamente o mesmo, pois vivem situações parecidas e concomitantes, convivendo com as mesmas influências e pessoas)
    Penso que é impossível ignorarmos experiências, vivências e aprendizados de vidas pregressas e a importância destas na formação dos nossos valores e do nosso caráter em cada passagem.

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  7. Newton, a respeito dos genes, gostaria de ilustrar o texto com uma observação bem próxima de qualquer um que leia-o:
    Sabemos que irmãos gêmeos univitelinos (idênticos) possuem cargas genéticas iguais. Sendo assim, se considerarmos verdade que o genes determinam a moral das pessoas estaríamos, obrigatoriamente, afirmando que tais pessoas são também iguais moralmnte. O QUE É ABSOLUTAMETE MENTIRA!!!!
    Quantas e quantas vezes podemos observar em irmãos univitelinos diferenças de temperamentos e índoles desde a mais tenra idade (onde o meio em que vivem é basicamente o mesmo, pois vivem situações parecidas e concomitantes, convivendo com as mesmas influências e pessoas)
    Penso que é impossível ignorarmos experiências, vivências e aprendizados de vidas pregressas e a importância destas na formação dos nossos valores e do nosso caráter em cada passagem.

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  8. É por aí, Luciano. Perfeito.

    Forte abraço.

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  9. Olá pessoal,

    Essa questao da genetica é bastante incipiente em nossa ciencia atual.
    Estive pensando nessa questao e me deparei com a situaçao dos doentes mentais, existem enfermidades que sao identificadas por disturbios fisícos, tratados por medicamentos.
    O mais interessante é que existem doenças que se manifestam de forma linear nos doentes, a esquizofrenia por exemplo, ela tem traços que podem ser identificados em varias pessoas que a desenvolvem, mesmo pertecendo a culturas e situaçoes socias distintas, ou seja, existe um padrão.
    Sao doenças que tem repercussoes comportamentais, as pessoas a elas acometidas se comportam de maneira similar. E o mais interessante disso é que existem medicamentos que conseguem aplacar manifestaçoes delas.
    A situaçao relatada se aproxima do questionamento levantado nesse forum pelo fato de se tratarem disturbios fisicos tratados por medicamentos, ou seja, a pessoa, em seu desenvolvimento, ou congenitamente, passou a possuir em seu organismo fatores que desencadearam a doença, com repercurssoes comportamentais.
    Entendo o dna como uma receita de bolo, dependendo da combinaçao obtida se terá um determinado sabor. Não poderia o espirito, antes de encarnar, desenvolver sua própria "receita", atraves de seu padrao vibratório, colocando tudo o que precisa para sua nova vida?

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  10. Anônimo, é exatamente isto que pensamos. É o lógico. Dizemos que é lógico, devido a não embasarmos nosso entendimento com a pesquisa experimental, pois, ainda não existe.
    O espírito espelha seu psiquismo (não sabemos como) através dos genes, que, sendo responsáveis pela materialização do corpo físico, será codificado (arranjado, estruturado) de acordo a sua condição psíquica.
    Por isto que dizemos sempre que o corpo é a representação psicobiofísica do Ser.
    É como a luz branca atravessando placas de vidro de diversas cores....a luz será a mesma, mas, ficará impregnada com a cor da placa que atravessará. Assim é a vontade do Espírito; ela possui as informações perfeitas para a formação do corpo (vai formar o corpo de qualquer maneira), mas, os distúrbios pasíquicos (causados pelas culpas, anseios, revoltas, etc..) se misturam e infuenciam o arranjamento perfeito do corpo, impedindo a perfeita exteriolização da vontande do Ser, provocando comportamentos padrões.
    Algumas substâncias químicas (medicamentos, no caso, como Anônimo colocou) conseguem "aplacar a MANIFESTAÇÃO" de tal comportamento, da mesma forma que o alcool e alguns outros tóxicos, conseguem fazer com que ocorra um desalinhamento da vontade do Espírito sobre seu corpo (provocando alteração consciencial), impedindo o perfeito comando sobre o corpo (que é centralizado "ATRAVÉS" do SNC).
    Desta maneira, não são os genes que determinam tal comportamento, é o Espírito que determina o comportamento, ao formar ideoplasticamente seu corpo. Os genes são operários comandados pela vontade de um "engenheiro", que constroem o prédio com informações, digamos... tecnicamente incoerentes com o projeto original.
    Assim, pensamos (pois não temos a comprovação experimental) que os medicamentos IMPEDEM A MANIFESTAÇÃO do psiquismo, da mesma forma que uma lesão em determinada área do cérebro, impede a fala, a visão, etc.
    Desta maneira, toma-se a nuvem por Juno, pois, por falta de um método, os pesquisadores, direcionados por uma filosofia eminentemente materialista, identificam os efeitos como "causa principal".
    Este é um assunto muito interessante e passaremos a abordá-lo de maneira mais detalhada.
    Agradecemos a participação de Anônimo, que, está convidado a expor suas idéias neste espaço, seja através de comentários ou de postagem.
    Anônimo, se quiser se identificar para participar, envie um comentário informando seu email (não será publicado) que entraremos em contato.
    Abraços a todos.
    NEWTON SIMÕES

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