quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ensino religioso ou catequese nas escolas?

Mais uma vez estamos assistindo à inclusão do ensino religioso nas escolas.



Afinal, o Brasil é ou não um País Laico?
Na época do regime de exceção tínhamos aula de religião, mas, o que víamos era aula de catequese católica, com preparação para primeira comunhão, etc...
Será que temos que voltar àqueles tempos?
O que aproveitamos daqueles “ensinos” religiosos?



Aqui, só as perguntas:
A educação religiosa é de responsabilidade de quem? Do Estado ou da Família?
A religião transforma moralmente as pessoas?
Se positiva a resposta, porque....:
- as fogueiras, as guerras, as perseguições, os Bórgias, as “Noites de São Bartolomeu”
- atualmente, as pedofilias, as extorsões públicas coletivas, as enganações, a venda do reino dos céus, as vantagens tributárias “y otras cositas más”?



A quem interessa o “ensino” religioso nas escolas?
Será que haverá ensino religioso ou catequese religiosa?
Quem ministrará o ensino religioso nas escolas?
Deverá ser um teólogo?
Qual a formação teológica do professor de religião?
Católica, Neo-Pentecostal, Espírita, Candomblecista, Umbandista, Judáica, Islâmica, “et cetera” e tal?
Um teólogo para cada religião?
Ou deverá ser um indivíduo neutro? Um indivíduo que não tenha religião?
Que tal um Ateu?
Todas as religiões terão o mesmo espaço, tempo e recursos para as aulas?



O Estudante (criança ou adolescente) tem condições de discernir em relação à religião que escolherá?
Será um desrespeito “enfiar, goela abaixo” uma religião, na “mente” de quem não tem condições de entender os “dogmas e preceitos” religiosos (coisas que, nós adultos, ainda não entendemos - e acho até que os próprios teólogos ainda não entendem)?



Se na sociedade moderna vemos as religiões denegrirem publicamente outras religiões, querendo, “no grito”, afirmar que o “Seu Deus” é melhor, dá mais prosperidade imediata e duradoura em troca de uma percentagem do ganho do fiel e é mais verdadeiro que o “outro Deus” o que dizer do ambiente escolar onde o “bulling” tem provocado até morte de estudantes? Outra coisa....se é uma matéria facultativa, então porque ministrar?




Ainda não entendemos "as razões" deste RETROCESSO?
O que vocês acham?

Um comentário:

  1. Uma preocupação oportuna a sua, Newton. Tive aula de religião no primário e não lembro muita coisa, mas que tinha um livrinho pequeno, parecido com o do catecismo. Acho que o retorno desse tipo de ensino deve ser conquência de mais um projeto sem estudo do parlamento brasileiro. Vão sendo acrescentadas disciplinas sem um estudo global. E neste caso, a preocupação não poderia faltar, porque mexe com muita coisa. Entendo que a responsabilidade principal da educação religiosa é da família, mas se houve uma preparação dos profissionais - e critérios democráticos - a escola também poderia contribuir. Não para o doutrinamento, mas para a ampliação do conhecimento, a reflexão, como permite o estudo da filosofia e da sociologia.
    (saudade de você, meu amigo)

    ResponderExcluir

Colabore com as viagens do Carroção, deixe aqui seu comentário.