sábado, 20 de novembro de 2010

O escândalo é necessário ll – Consequências e homenagem

Olá, gente. Dando seguimento à postagem anterior..... a coisa se firmou e...foi adiante. No dia 16 de novembro de 1908, na casa de Zélio Fernandino de Moraes, deu-se o início de um novo movimento religioso, que, agregava trabalhadores espirituais de todas as matizes, haja vista não serem aceitos nas casas espíritas da época. A esta nova religião, o “Caboclo das Sete Encruzilhadas” denominou de “UMBANDA”, agregando, em seu corpo doutrinário, princípios do africanismo, do catolicismo e do Espiritismo; "ajuntando" trabalhadores espirituais que já militavam na seara da caridade, tais como “pretos velhos”, índios, ciganos, religiosos, falangeiros, caboclos, etc.. Formada pela representação do povo que constituiu a nação brasileira – índios, africanos e europeus - com uma linguagem simples, atendendo à característica intelectuais da maioria da população, falava aos corações necessitados.

Com uma roupagem desprovida dos apetrechos e apanágios característicos de otras religiões, abolindo os rituais de matança de animais e a cobrança de “consultas”, Zélio Fernandino de Moraes, iniciou a abertura de várias “Tendas” em Niterói, treinando líderes e expandindo, o novo Movimento Religioso, para outros Estados. A “Umbanda” - Umbanda, mesmo - se encontra representada simbolicamente, sem excluir os outros trabalhadores espirituais, numa “trindade”, a saber:

- “Crianças” – Alegria e inocência

- “Caboclos” – simplicidade e força

- “Pretos velhos” – sabedoria e humildade

Esta “trindade” simbólica, representa, também, as fases da vida do ser humano, quando encarnado.

Quando digo: “Umbanda, mesmo”, me refiro à “verdadeira Umbanda" (podemos até fazer uma comparação da redundância "espírita Kardecsta"), pois, com o passar do tempo, algumas pessoas imiscuíram práticas alheias e alienígenas ao movimento, fundando casas para a “$olução de problema$ exi$tenciai$", utilizando espíritos, que, sem compromisso com a “causa” umbandista, vendiam (vendem) seus "serviços" e, assim, deturparam a verdadeira essência desta religião, que, podemos dizer, muito embora oriunda da evolução e adequação de vários segmentos religiosos de outras nações, “NASCEU” AQUI NO BRASIL, pela necessidade. Se refletirmos mais detidamente, podemos até fazer uma comparação (êta....., isto vai feder, mas, vou arriscar):

Codificador - Iniciador Espiritismo: Kardec (Denizar Hippolyte Léon Rivail – nome e sobrenome nesta ordem, conforme o espírita e pesquisador Carlos Bernardo Loureiro.

Iniciador da Umbanda: Zélio Fernandino de Moraes

Espírito responsável pela iniciação do Movimento:

Espiritismo: Espírito de Verdade

Umbanda: Caboclo das Sete Encruzilhadas

Seja lá como for, não sendo umbandista, tenho que me ater apenas nesta superficialidade e, quem quiser se aprofundar.....pesquise.

Quero, neste momento, declarar que sou espírita – e, prá ser redundante, como costuma-se dizer por aí, sou Espírita Kardecista (rsrsrs) – militante, porém, não posso deixar de reconhecer, respeitar (obrigação dtodos nós) e, aqui, prestar minha homenagem à UMBANDA, a Zélio Fernandino de Moraes, ao Caboclo das Sete Encruzilhadas e a todos os trabalhadores (encarnados e desencarnados representantes de todas as linhas) na seara da umbanda, pelos seus 102 anos de existência.

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